Relato disciplina Integração de mídias na educação do Curso de
Especialização em mídias na educação:
Este texto
tem como objetivo comentar a disciplina integração de mídias na educação do
curso de Especialização em mídias na educação, como atividade daquela
disciplina que é pré-requisito para êxito ao término deste curso. Por meio da
sugestão da professora Adelma com as características deste aluno é produzido
este texto.
Primeiramente
é válido ressaltar quão importante e desafiadora em algumas propostas de
tarefas foi esse curso ou disciplina. Em Almeida e Prado, temos um discurso que
elucida o que foi realizado e construído na disciplina, que dizem ser “a
integração entre tecnologias, linguagens e representações tem papel
preponderante na formação de pessoas melhor qualificadas para o convívio e a
atuação na sociedade, conscientes de seus compromissos para com as
transformações de seu contexto, a valorização humana e a expressão da criatividade”.
Bem, Carmen
Moreira de Castro Neves em “Educar com Tics: o caminho entre a excepcionalidade
e a invisibilidade”, e esse é um dos primeiros textos sugeridos pela
professora, nos leva a refletir sobre o contexto no qual estamos inseridos e
que em um mundo permeado por tecnologias, ainda nos deparamos com uma educação que
usa as tecnologias da informação e da comunicação como excepcional. O texto
propõe algumas reflexões práticas sobre como tirar as TICs da sua
excepcionalidade, tornando-as invisíveis no cotidiano da escola e da gestão educacional.
Essa invisibilidade significa domínio do novo, competência no uso de
equipamentos e de estratégias inovadoras e reconhecimento do potencial
educacional das TICs.
Seu Ciço,
texto do prefácio do livro de Carlos Rodrigues Brandão, nos nutre com questões
e afirmações como, por exemplo, "a educação que chega pro senhor é a sua,
da sua gente, é pros usos do seu mundo. Agora, a minha educação é a sua. Ela
tem o saber de sua gente e ela serve pra que mundo?” E deste convite a reflexão
a partir da participação em um fórum outras indagações nascem, acerca da
mística contida na existência de dois mundos em que efetiva a educação. Entendo
que a educação extrapola a lógica simplista que determina ao todo as
particularidades de um grupo social como sendo o único modelo educacional ou a
única maneira de educar. Educação vem do latim “educatio, onis” e é o mesmo que
‘ação de criar, de nutri; cultura, cultivo’ que há uma relação terminológica
com o contexto rural citado no texto, então, educação não só acontece no
ambiente escolar e muitas vezes nem acontece aqui (na escola). E repito que concordo
com Ciço e percebo que existe saberes dos quais somos privados e, que pertence
ao uma pequena camada social, há costumes e ou educações que são
desconsideradas ou minimizadas em detrimento da pseudo-superioridade. Nós
enquanto educadores muitas vezes, também, fomos e ainda somos privados de
modelos educacionais, conhecimentos e costumes e o que tem feito para aproximar
ou desmistificar esse dualismo educacional é propor aos educandos uma aplicação
de conceitos e ideias filosóficas ao cotidiano de forma que identifiquem e
desloquem a “nobre” educação para o “pobre” contexto no qual estão inseridos.
Como construir uma educação que respeite os
saberes dos alunos e os coloque em diálogo com os saberes escolares? Como
construir uma concepção de educação que ajude o trabalhador a avançar? São perguntas
que estão presentes no texto “VIRANDO MASSAS, DESCOBRINDO PALAVRAS, MISTURANDO
SABERES” de Ana Paula de Abreu Costa de Moura.
As indagações citadas anteriormente nos permitem
promover um deslocamento para nós mesmos, enquanto professores e alunos do
curso de Especialização em Mídias na Educação. O diálogo nessa perspectiva nos
conduz por todas as atividades sugeridas (a apresentação no Fórum Café; a socialização
do uso das tecnologias; o relato das experiências; a elaboração do plano de aula;
o inventário 24 horas; o fórum Vozes discentes e o Esqueleto) que consentem a
construção educacional de respeito dos saberes desses alunos/docentes e a
concepção da educação que ajude os discentes/professores a terem progresso em
suas práticas pedagógicas.
Em, como dica para os responsáveis pela
disciplina ou a responsável propõe que busquem obter informações do conteúdo
das outras disciplinas concluídas pelos cursistas para que não repetição de assuntos,
como ocorreu. No mais, muito obrigado e aprende muito com todos.
Fonte:
- ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; PRADO, Maria
Elizabette Brisola Brito. PROPOSTA PEDAGÓGICA: Integração tecnológica, linguagem e
representação. Boletim 05, Maio 2005.
- MOURA, Ana Paula de Abreu Costa de. VIRANDO MASSAS,
DESCOBRINDO PALAVRAS, MISTURANDO SABERES. UFF/UFRJ - GT: Educação de Pessoas
Jovens e Adultas /n.18
- NEVES, Carmen Moreira de Castro. Educar com Tics: o caminho
entre a excepcionalidade e a invisibilidade. B. Téc. SENAC: a R. Educ. Prof.,
Rio de Janeiro, v. 35, n.3, set./dez. 2009.